7 de set. de 2007

Sunday bloody sunday (Domingo maldito)


O domingo é maldito para o Dr. Daniel Hirst, médico de meia idade, para o jovem rebelde por quem ele é apaixonado, e para a mulher com quem este mantém um romance. Juntos, os três formam um triângulo amoroso inusitado que tenta lidar da melhor maneira possível com essa diversidade sexual e com as frustrações sentimentais. Nesse trio, estão artista primorosos como Finch, natural no papel de Daniel Hirst, Glenda Jackson, em atuação elogiada, e o estreante Murray Head.
Muito mais que uma pregação do "amor livre", Domingo Maldito representa uma guinada no modo como cinema retratava até a década de 70, e ainda retrata, o homossexualismo. Possivelmente a obra mais madura e inteligente sobre a homossexualidade, o filme de Schlesinger, um dos mais criativos e corajosos diretores de sua época, surpreende ao abordar com naturalidade uma questão tão delicada e, para muitos, considerada um tabu. Basta notar a cena em que Peter Finch dá um beijo na boca do jovem Murray Head, um absurdo para época, mesmo em plena liberação sexual. É realmente um filme, não liberal, mas revolucionário. Quem imaginaria um ator consagrado como Peter Finch interpretando um homossexual de meia-idade e trocando carícias com outro homem na tela do cinema? Apenas Schlesinger o imaginou e acabou fazendo um manifesto pela tolerância sexual, chocando uns e agradando outros.

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